Publicado : 2013-5-27
Partiram-se e rasgaram-se as palavras.
Caíram ao chão, irremediáveis.
Com tanto afã buscara compô-las de forma perfeita
Mas elas tinham-se rebelado,
tinha vindo a maré e levara-as.
Não ficou triste nem se irritou.
Afinal ele sabia que tudo o que nasce morre,
que elas eram só para tentar fixar a linha e o ritmo de cada vida.
Deitou-as ao vento.
Sopro-lhes outros destinos em universos distantes ou paralelos.
Aqui, vazio e quieto por dentro continuou a viver como se nada fora.
Tags: #Poesia Espiritual
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