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João Motta

O Apelo do Uno - Parte 1

Atualizado: 11 de jun. de 2019


Publicado : 2011-10-5


Estamos aqui como uma família, como um grupo de amigos para trabalhar juntos durante um dia.

Estamos juntos para buscar a verdade, para construir a verdade, para manifestar a verdade.

Cada um já vai por si fazendo o seu trabalho de se conhecer a si próprio e de integrar as várias partes de si. Aqui vamos fazer um trabalho de grupo, vamos tentar conjuntar o nosso corpo nacional, o nosso colectivo.

Há quem fale de massa crítica e ela é necessária para fazer o transbordar da taça. Mas prefiro aqui e agora pôr a tónica na ideia de qualidade, de correspondência, de magia, de fractal, de holograma. Ou seja jogar com as escalas, apelar á essência, criar sinergias.

Estamos todos na mesma barca, com os pobres, os políticos, as actrizes, os banqueiros. Mas o Uno tem muitas moradas, e cabe a cada um de nós criar o porto a que se destina. E, ao longo desta viagem de um dia, vamo-nos expor a muitas ideias, a muitos espelhos. Vamos viver um dia fora do tempo, vamos pintar um quadro novo. Diria eu que o nosso grande desafio é ver o todo no uno e ver o uno no todo.

A que escala queremos jogar? Saberemos nós que o uno não se capta com a mente? Aqui vamos manifestando o uno.

Para começar, gostaria de vos falar de três postulados, daquilo a que carinhosa e ironicamente chamo os três dogmas do jogo da vida que vos proponho: tudo é possível, tudo é permutável e tudo é perfeito. São três regras que conformam uma atitude de vida. Três regras dinâmicas que fazem de leme, de motor, e de bússola.

A base dos três dogmas é o uno. O uno é algo que como que nos ensanduicha. Porque é ele que está por debaixo de nós em todos os átomos que nos compõem e é ele que, por cima, é a nossa origem, aquilo que nos envolve, que dá ordem ao caos. Por isso é importante fluir com o uno, fluir com o ritmo do universo.

Dantes, chamava-se Deus ao Uno. Como as religiões forçaram uma interpretação errada da palavra, vemo-nos agora com a omnipresença do uno, que é o campo, a consciência, o universo, o espírito.

É por sermos o uno que tudo é possível, permutável e perfeito.

Claro que tudo é possível pois o nosso ADN (de que só 3 porcento é conhecido) tem potenciais desconhecidos e, na verdade, não sabemos quem somos, além de que tudo é composto pelos mesmos átomos em combinações diferentes, ou seja ondas que o observador colapsa, ondas de matéria programável. Claro que tudo é permutável incluindo o visível pelo invisível (pois até o pensamento é energia e é quantificável), mas segundo regras, e essa troca pode levar a várias etapas, estágios e estudos. Claro que tudo é perfeito porque tudo é o que é e porque não há alternativa ao aqui e agora. Na realidade, tudo é perfeito porque Deus é perfeito e tudo é Deus, e também porque o universo que é neutro dá-nos sempre o que merecemos.

Em vez de perfeito, poder-se-ia dizer que tudo é necessário, justo, adaptado, correspondente ou que tudo ocorre num cenário feito a propósito para as experiências que necessitamos.

Para ir singrando no jogo da vida, precisamos de saber as regras. Claro que, quanto melhor vamos jogando, mais as regras se vão modificando e mais poder vamos tendo para criar as nossas regras.

Mas, basicamente, os ingredientes ou atitudes são dois: estarmos receptivos ao que a vida ou o destino nos vão propondo, e sermos activos, criando a realidade que nos espelha.

Assim, uma forma de ver a realidade exterior, é como se ela fosse uma projecção, como se fossemos o realizador de um filme, ou o director de uma peça, mas tendo também a humildade de reconhecermos que somos actores no filme ou peça dos outros. Somos responsáveis pela nossa vida e criadores de realidade. No fundo, ou somos deuses que despertam ou somos vítimas.

Tenho ainda para mim outro caminho do meio: ?que este mundo não é real nem irreal?

Outra questão que tem sido importante para mim como elemento do jogo da vida, são as sincronicidades. Essas aparentes coincidências que julgo serem a ponta visível do iceberg da realidade, em que provavelmente tudo é síncrono. O facto de as reconhecer e invocar ajuda a ver como a realidade nos faz eco, pois mostram a relação entre o mundo interior e o exterior ou mais do que isso, que há uma realidade superior que engloba a nossa dualidade interior/exterior.

Estes são os pontos de partida em algumas das regras e atitudes que proponho.

A partir daí, vejo o nosso ser pessoal, nacional e planetário como algo integral e como algo holístico. Integral no sentido de que o nosso corpo físico, o emocional, o mental e o espiritual formam um todo que deve estar alinhado, integrado e centrado. Integral também no sentido de que a vida material do ser humano, a sua vida social, política e espiritual, formam um todo que está interligado, e deve ser harmonizado.

Se isso não ocorrer tanto a nível individual como ao nível do colectivo há desequilíbrio e infelicidade.

É de resto isso que quero dizer quando digo que a abordagem deve corresponder á realidade que é holística ou mesmo um holograma, ou seja, de que tudo no universo está interligado, que tudo interage e tudo se influencia. Estamos assim numa dansa cósmica, em que os nossos passos movem as estrelas e os nossos átomos ressoam com as constelações.

Contudo, vivemos numa civilização que não quer reconhecer o carácter holístico e integral das coisas, ou seja o nosso ego, quer ele se chame cientista ou comerciante, recusa o amor, recusa fluir, e insiste em separar-se e em julgar o que julga não ser.

O que é o ego? Não estou a falar do ego no sentido psicológico, que é obviamente necessário para as nossas vidas. É ele que nos permite falar línguas cozinhar ou conduzir um carro. Estou a falar daquela parte de nós, construída ao longo da vida, que se julga separada dos outros, que compara e crítica. É como que uma contracção, um mecanismo de defesa que vai crescendo á medida das nossas inseguranças.

O meu ideal pessoal é o da raça dos 2.2, daqueles para os quais a sua identidade é a sua missão e a sua missão é a sua identidade. Não aspiramos a ter personalidade superior á dos outros, não afirmamos a diferença, buscamos diluir e dissolver o nosso ego.

Poder-se-ia dizer com imaginação e brincando um pouco com o tema, que o programa ou jogo que rege ainda a Terra e que está a ser retirado por obsoleto é o Terra 1. Agora, o programa que está a ser oferecido é o Terra 2, uma versão altamente melhorada, uma proposta de paz, amor, cooperação e energia gratuita para todos. Calcula-se que uma grande maioria da população quererá aderir a esta oferta. Contudo, só uma ínfima percentagem da população deverá querer aderir á versão 2.2, que implica a aceitação plena de que a identidade de cada um possa ser temporária.

Creio de que de certo modo muitos dos que aqui estamos tem algo disso. Tal como nos vejo, somos sanadores, terapeutas, educadores, amadores e servidores do bem comum.





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