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João Motta

Despertar da Consciência - Despertar Social

Atualizado: 11 de jun. de 2019


Publicado : 2011-10-12


Muitas pessoas perguntam o que é isso da consciência, essa história do espírito. Julgam que são coisas ultrapassadas, monopólio de igrejas e seitas.

Contudo, o despertar social - como ocorreu em 1789 em França, em 1917 na Rússia, ou em 1979 no Irão - ao não ser acompanhado pelo despertar da consciência levou aos piores excessos, que conduziram depois à reacção contrária. Isto porque a estrutura dos egos dos revolucionários era a mesma dos defensores do antigo regime. O mesmo ódio, desprezo e intolerância, o mesmo desconhecimento da natureza do ser humano como programa, a mesma aversão ao espírito. Nem uns nem outros tinham trabalhado sobre si próprios.

Se tivesse havido consciência no processo de evolução humana não teríamos chegado à crise actual, fruto da inconsciência dos agentes económicos, tomados pela ganância e falta de bom senso.

A consciência é global e universal, é ela que nos liga a todos e está individualizada em cada um. É ela que se manifesta como solidariedade. Uma solidariedade que é por todos, independentemente das suas características e circunstancias. Ela manifesta-se como o amor em acção, o reconhecimento da unidade que a todos nos atravessa e identifica. Essa consciência que todos nós sentimos tem em conta a consequência das nossas acções, para nós e para os outros.

A sociedade ocidental há muito que escolheu um modelo materialista de vida, de que só o visível é real e em que o máximo conforto material é tido como objectivo. Enriquecei-vos foi o lema de Portugal nas décadas anteriores, até que chegou a conta de um modelo falhado.

Um modelo que falhou á escala global pois não era sustentável, mas sim baseado na criação de riqueza artificial através dos bancos com a sua arma do crédito ao consumismo dos privados e ao despesismo e corrupção do Estado.

Um desenvolvimento para ser sustentável tem que incluir não só todos os estratos da sociedade e uma cooperação harmoniosa com a Natureza, mas sobretudo o reconhecimento do espírito como a nossa essência intemporal que está para além da sedução do acumular de bens materiais. Só ele pode dar um sentido à vida para além do egoísmo e da arrogância do ego, com a sua ambição e a sua separação do outro, sempre visto como antagonista. Só que o espírito já não se opõe à matéria, nós somos o espírito incarnado, somos o espírito na matéria.

Para isso é necessário acordarmos um modelo de sociedade que faça da realização integral do potencial criativo de cada ser humano o seu centro e objectivo. As soluções de esquerda e de direita só visam a felicidade baseada no aspecto económico, na ascensão e mobilidade social.

Ora a felicidade é subjectiva e depende do grau de consciência exercido. Há pessoas que mantém a sua liberdade na cadeia, ao passo que há milionários que vivem com falta de tempo e em grande pobreza espiritual. Ricos e pobres vivem sem tempo e insatisfeitos. A única saída é pela consciência da Unidade. Só ela pode dar a todos uma visão unificadora do futuro.





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