Publicado : 2011-9-23
O Movimento é a taça que acolhe todas as pessoas e grupos alternativos de forma a apresentarmos uma proposta colectiva coerente.
Somos despertar porque vamos despertando do sonho da inconsciência e queremos compartilhar esse estado de autenticidade, transparência, lucidez e alegria.
Cremos que os portugueses, como um povo universalista, tem algo a dar ao mundo. Cremos que a alma lusa ainda não se esgotou e que , perante o desafio que atravessa o mundo, ainda temos algo de novo a dizer. Que ainda podemos ser pioneiros da consciência e do despertar.
Propomos uma nova forma de ser para que o ter seja equilibrado e não fonte de escravidão.
Propomos uma abordagem integral da vida em que a saúde física, o bem estar emocional e o contentamento intelectual substituam o stress da falta de tempo, a competição e a opressão individual e colectiva do ter sobre o ser. Uma sociedade em que seja reconhecido a cada um o direito a uma vida simples, agradável e criativa.
As nossas propostas emanam da verdade, da honestidade e da transparência. Não são ainda concretas sobre os vários campos da actividade humana pois não temos, por opção, nenhuma doutrina ou ideologia. Constatamos contudo o falhanço do modelo anglo-saxónico, baseado nos dois dogmas de que a economia deve reger a sociedade, incluindo a política e o espiritual, e de que a ciência tem a resposta para tudo o que o ser humano busca.
Temos antes a experiência de que, para além do visível e do tangível, existem energias em ação, que se expressam através da matéria.Na realidade, nós somos o espírito na matéria.
Cremos que os povos se devem reger por índices de bem estar e felicidade e não pela acumulação de dados abstractos que escondem desigualdades gritantes e um desprezo pela dignidade do ser humano. Num modelo onde até os próprios ricos vivem também vidas vazias e sem sentido e são igualmente escravos do acelerar do tempo.
Acreditamos que os seres humanos tem um potencial vastíssimo por explorar, que nem a política, nem a ciência nem as religiões tem querido aprofundar.
Estamos conscientes de que a nossa sociedade está dominada pela inércia e pelo conformismo e que os nossos talentos e espírito criativo tem sido canalizados para actividades passivas e menos nobres. Sabemos também que os media não se tem mostrados abertos a dar relevância a uma visão alternativa da realidade e da vida em sociedade.
Não somos contra os políticos, os empresários ou os padres. São homens como nós, com as suas qualidades e os seus defeitos. Também eles servem um sistema que os ultrapassa e os mantem no passado, em vez de alinharem com as mudanças que a sociedade impõe.
Os ventos da História sopram hoje fortes sobre a mentira, a hipocrisia, a prepotência, a indiferença, o conformismo e a ignorância.
Estamos perante escolhas de grande alcance. Estamos a decidir um novo modelo de sociedade. Na realidade, de civilização.
A crise, o mal estar cultural e o sofrimento colectivo não podem durar.
Há que tomar decisões e cada um no seu foro interior deverá decidir o que quer, independentemente daquilo que lhe ensinaram e do que até hoje acreditou sem questionar.
Estes são tempos de verdade. Em que cada um deve saber o que quer e aliar-se aos que pensam e sentem de maneira semelhante.
Não nos interessa a divisão e a separação. Cremos que a unidade é possível. Sentimos que o nosso movimento de despertar individual e colectivo é movido pelo amor e apoiado pela luz. E que, independentemente do nome que se lhe dê - Deus ou Universo - não estamos sós nesta Terra. Fazemos parte de um universo vibrante e consciente que nos impulsiona e apoia neste despertar.
Apelamos a todos aqueles que - para além do desespero e da frustração com a crise e o caos crescentes - se sentem chamados a participar numa nova realidade. Aqueles que aspiram a uma nova história e numa nova sociedade na qual - mais além dos valores humanistas do respeito e da tolerância - a justiça, a cooperação, a solidariedade, a paz e o amor possam verdadeiramente reinar...
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