Publicado : 2012-2-4
Quando os políticos decidiram que os povos deviam pagar com sofrimento, suicídio e pobreza aquilo que eles e os banqueiros tinham esbanjado em orgias financeiras, eles não tinham percebido que as estruturas em que se julgavam apoiar se estavam a dissolver. Nas cimeiras europeias, nos parlamentos, nos bancos centrais e particulares, eles gesticulavam, mas já não saíam palavras. Tinham abusado da palavra e o tiro saíra-lhes pela culatra, tinham ficado afónicos?
Os povos despertavam, uns mais corajosos como na Síria, outros mais acomodados como em Portugal. Mas a corrente era irreversível.
Era como se os actores oficiais do cenário estivessem a dansar em cima de um disco de vinil que ia girando cada vez mais rápido e eles já não conseguiam jogar, o mais que faziam era manterem-se parados e gesticular, já não conseguiam avançar.
Era um simulacro de política, onde se agitavam vencedoras as bandeiras da troika e dos bancos, mas onde já não se podia acenar com os enganos e seduções do crédito?Tinham sido duzentos anos de crédito que agora chegavam ao fim?Os vendilhões do templo, que tinham regressado pelos mercados e as agências, esvaíam-se pela enxurrada das chuvas da verdade e da transparência.
Em 2012 deu-se a viragem. No momento em que Israel e os E.U.A. iam atacar o Irão, os extraterrestres, os anjos e os deuses intervieram. O planeta já entrara em caos com a bancarrota da Grécia, a que se seguira a de Portugal e a implosão do euro.
Claro que os governos tinham declarado as leis marciais e os estados de sítio. Claro que, para se defenderem do exército e do povo, tinham investido na polícia para defender o seu último reduto. Só que, na sua falta de visão, tinham alienado todos os sectores excepto a banca. Da extrema-direita á extrema-esquerda a população exprimia o seu cansaço, o seu repúdio e a sua aversão á charada trágica que se desenrolava no mundo da inconsciência. A população mundial levantava-se como um todo.
Políticos e banqueiros eram como fantasmas, seres do passado que já ninguém reconhecia. Faziam decretos no papel que já ninguém lia. Só as polícias, os agentes provocadores e os espiões os defendiam, estando cada vez mais irracionais e sedentos de refrega.
Mas deu-se a viragem, foi um despertar colectivo, individual e social. Já nada se podia ocultar, a raça tornara-se telepática, todos os pensamentos eram lidos e percebidos por todos, tudo se tornara transparente. A verdade finalmente chegara, pois a mentira não se podia esconder.
No novo estado de consciência que se instalara, já não havia lugar para ódios e vinganças. Cada um ficara entregue á sua consciência. Cada um responsável pela sua realidade.
Naturalmente deu-se o separar das águas. Como que duas Terras paralelas emergiram. Numa, os justos e os pacíficos herdaram a Terra. A Terra Pura, onde o Amor reina e o dinheiro se tornou desnecessário. Onde a guerra entre os sexos acabou, a mulher recuperou o seu estatuto sagrado e criativo e os seres humanos desfrutam da sua androginia interior.Onde o humano renovou o seu contrato de amor com a Natureza.
Os outros, que ainda quiseram ficar num estado de consciência de ódio, de guerra, de opressão, de separação, de dominação e de competição, esses despertaram naturalmente no planeta que lhes corresponde. Um planeta sem Natureza, feito de pedras e vulcões.
Na nova Terra, as pessoas dizem ter despertado de um sonho, na realidade de um pesadelo. Cada um faz o que gosta e corresponde á sua natureza interior. Cada um se vai sentindo realizado, expressando todo o seu potencial criativo e a sua natureza una, ajudando e compartilhando com os outros. A realidade tornou-se menos densa e mais flexível. Os desejos de cada um cumprem-se rapidamente, pois as partículas sub-atómicas são prestáveis. È como se o tempo tivesse sido abolido. Assim todos vivemos no agora.
O Uno manifestou-se, voltamos á casa do Pai, a unidade de consciência tudo permeia. Sem imposições, sectarismos nem dogmas, a natureza holística da realidade revelou-se, sendo finalmente reconhecida pela ciencia. Não estamos separados, somos uno. Somos deuses, seres divinos, criadores da nossa realidade.
Amor omnia vincit
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