Biografia
Narrativa Biográfica
de João Teixeira da Motta, também João Motta
É uma personagem multimoda que apareceu em 1949. Licenciado em Direito, foi diplomata do Governo Português de 1972 a 1989, tendo servido em Nova Iorque (Nações Unidas), Roterdão (Cônsul Geral) e Paris (UNESCO).
Durante esses 17 anos, especializou-se na diplomacia multilateral, o trabalho das grandes organizações internacionais (como a ONU e o Conselho da Europa), acreditando ingenuamente que a cooperação internacional poderia salvar o
mundo. Nesse contexto das negociações internacionais revelou-se um bom mediador, capaz de conciliar as posições de muitos países numa síntese de consenso. Em 1989, ciente da falsidade de mapas políticos, mudou da política internacional para a cultura, a arte, a literatura e, sobretudo, o aprofundamento espiritual, ou seja, o conhecimento de si-próprio e da natureza da realidade.
Nesse ano escreveu um pequeno livro, O Território e o Mapa, publicado em versões francesa, portuguesa e espanhola, que é uma ficção poética situada na América antes da chegada do homem europeu e que, falando do choque e
superação dos paradigmas culturais, respira a essência da realidade e emana libertação.
No campo do cinema e do vídeo foi primeiro produtor, intérprete e guionista de duas obras de dansa-teatro a solo, em vídeo - A Natureza do Guerreiro, realizado por Rui Simões e A Sombra do Jardim, feitos em 1992 e 1994. Foi depois
actor/dansarino/guionista em Multifaces, realizado em 2010 na Flórida com Sylvia Mejia. Nesse ano fez também com ela três vídeos, Magical Gardens, em que estes são usados como ferramenta didáctica com crianças. Fez ainda, em 2014, o vídeo Cultural Synthesis, em que fala e dansa sobre a sua visão da cultura. Em 2015, como actor e guionista, fez em colaboração com LM, o video A Consulta das Nuvens (também com a participação de Carlota Mantero). Em 2017, em colaboração com Paulo Costa Pinto (realizador, cameraman e musicista), fez os filmes Earth 2 e Human
Characters, nos quais as suas peças expostas na S.N.B.A. fazem de actores, falando por legendas. Fez também várias performances ao vivo em diferentes lugares, de Cali a Macau, de Madrid a Seattle.
Como artista plástico, numa instalação que ocupou toda a sua casa, começou, em 1992, a mostrar os seus Jardins Mágicos, pequenas encenações ou mundos em miniatura, feitas de todo o tipo de objectos, trabalhados ou não, que são imagens de espiritualidade, política, história e humor, incluindo o refazer da História humana. Apresentados primeiro ao grande público na Feira ARCO de Madrid entre 1996 e 1998, os 18 Jardins originais, depois de terem sido mostrados na S.N.B.A, visitaram o Oriente, em 1996/97, graças à Fundação Oriente, tendo sido mostrados no Japão (na Fundação Akemi em Osaka e na Galeria Itoki em Tóquio), em Macau (agora na China) e em Seul (Coreia).
Viveu em Cali, na Colômbia, entre 1993 e 1995. De 1999 a 2004 estudou na Escola de Iluminação de Ramtha, perto de Seattle, de quem traduziu o Livro Branco. Em 2003, 2005 e 2007 continuou a fazer novas exposições dos Jardins
Mágicos em Portugal, tendo as duas últimas incluído uma nova via de expressão: pinturas a óleo e acrílico.
De 2007 a 2010 viveu na Flórida em associação com a “Om One God Foundation”.
Em 2010 voltou a Portugal e fundou o Movimento Despertar Portugal, que visava unir a política à espiritualidade. A partir de 2012 virou-se mais para o mundo das comunidades rurais ao qual continua ligado.
De 27 de Abril a 27 de Maio de 2017 realizou uma grande instalação na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, composta de uma variedade de objectos em assemblage, miniaturas, manequins, madeira trabalhada, pintura, fotos e filmes.
De 2013 a 2016 escreveu o livro, A Espada. Uma ficção histórica e cósmica, que roda à volta de uma espada, física e real, que foi do último rei absoluto de Portugal, mas que é apresentada como tendo sido forjada pelo Arcanjo Miguel e
contra a qual lutam os “Controladores” deste planeta. O livro foi publicado, em Março de 2018, pela Editora Espiral e a sua segunda edição, revista, aumentada e amplamente ilustrada, foi lançada em Abril de 2019.
Desde finais de 2018 vive em Lagos, apresentando no Salão Anual da S.N.B.A., em Lisboa, de 5 a 20 de Novembro de 2021, uma instalação sobre “A Humanidade e o Vírus”, que inclui um “tríptico”, de 3 peças tridimensionais, e um filme de 3,49 minutos, intitulado “A crise planetária”, em que dá voz às personagens dessas 3 peças. Neste contexto, realizou também um filme de 20 minutos, em que descreve as 3 obras e as suas personagens, que está disponível neste site e na sua página do Youtube.